domingo, 8 de março de 2009

Liturgia 08/03/2009

II Domingo da Quaresma
No meio da nuvem luminosa, ouviu-se a voz do Pai:
"Este é o meu Filho muito amado: escutai-O"


No II Domingo do Tempo da Quaresma,a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projetos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.

Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma de certa atitude diante de Deus. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que aceita os apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total (mesmo quando os planos de Deus parecem ir contra os seus sonhos e projetos pessoais). Nesta perspectiva, Abraão é o modelo do crente que percebe o projeto de Deus e o segue de todo o coração.

A segunda leitura
lembra aos crentes que Deus os ama com um amor imenso e eterno. A melhor prova desse amor é Jesus Cristo, o Filho amado de Deus que morreu para ensinar ao homem o caminho da vida verdadeira. Sendo assim, o cristão nada tem a temer e deve enfrentar a vida com serenidade e esperança.

O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Tudo vem de Deus

Ninguém ama a si mesmo e ao próximo se não experimentar o amor de Deus, porque somente o Senhor nos faz descobrir a nós mesmos e aos demais. Ele é fonte de toda riqueza: amor, bondade, perdão, misericórdia, compaixão, paciência… Tudo vem d’Ele e está em nós pelo Seu Santo Espírito.

Por isso, a importância da constante ação de graças por tudo. Se percebo em mim generosidade, devo agradecer a Deus; se consigo ser fiel, da mesma forma, devo ser grata a Ele. Se me empenho no trabalho e me esforço, louvo meu Deus; se sou líder, se sou paciente, se sei ouvir, entre outros, devo tudo a Ele.

Muitos se firmam somente no negativo: “Eu não posso” ou “Eu não consigo”, “Eu nasci para ser infeliz”. Mesmo passando por uma situação difícil e dolorosa, você não tem o direito de vê-la como uma derrota definitiva, pois Deus investe e acredita em você.

Tudo o que se passa – dentro e fora de nós – nos favorece para que ocorra nossa transformação. Basta não desperdiçarmos nenhuma oportunidade para que o Senhor possa agir. O segredo é continuar procurando Aquele a quem amamos e a quem tudo devemos: o Nosso Senhor Jesus Cristo!

Luzia Santiago

domingo, 1 de março de 2009

Liturgia 01/03/2009

I Domingo da Quaresma
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus


No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.

A primeira leitura é um extrato da história do dilúvio. Diz-nos que Jahwéh, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu “arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A ação de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.

Na segunda leitura,
o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Batismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.


No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projetos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus discípulos Jesus pede - para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” - a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.