domingo, 26 de julho de 2009

26/07/2009 - XVII Domingo do Tempo Comum

XVII Domingo do Tempo Comum
Saciai os vossos filhos, ó Senhor!


A liturgia do XVII Domingo do Tempo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a fome de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste domingo dizem-nos que Deus conta conosco para repartir o seu pão com todos aqueles que têm fome de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.

Primeira leitura

Ao mostrar que é através das ações dos homens que Deus sacia a fome do mundo, a Primeira Leitura convida-nos ao compromisso. Deus precisa de nós, da nossa generosidade e bondade, para ir ao encontro dos nossos irmãos necessitados e para lhes oferecer vida em abundância. Nós, os crentes, somos chamados a ser - como o profeta Eliseu - testemunhas desse Deus que quer partilhar com os homens o seu pão; e esse pão de Deus deve derramar-se sobre os nossos irmãos nos nossos gestos de partilha, de generosidade, de solidariedade, de amor sem limites.

Segunda leitura

A Igreja é um corpo (Corpo de Cristo). Naturalmente, esse corpo é formado por muitos membros, todos eles diversos; mas todos eles dependem de Cristo (a cabeça desse corpo) e recebem d'Ele a mesma vida. Formam, portanto, uma unidade… Têm o mesmo Pai (Deus), têm um projeto comum (o projeto de Jesus), têm o mesmo objetivo (fazer parte da família de Deus e encontrar a vida em plenitude), caminham na mesma direção animados pelo mesmo Espírito, têm a mesma missão (dar testemunho no mundo do projeto de amor que Deus tem para os homens). Neste esquema, não fazem qualquer sentido as divisões, os ciúmes, as rivalidades, as invejas, os ódios, as divergências que tantas vezes dividem os irmãos da mesma comunidade. Quando os irmãos não se esforçam por caminhar unidos, provavelmente ainda não descobriram os fundamentos da sua fé.

Evangelho

Neste domingo Jesus nos propõe uma lógica de partilha. Os discípulos de Jesus são convidados a reconhecer que os bens são um dom de Deus para todos os homens e que pertencem a todos; são convidados a quebrar a lógica do açambarcamento egoísta dos bens e a pôr os dons de Deus ao serviço de todos. Como resultado, não se obtém apenas a saciedade dos que têm fome, mas um novo relacionamento fraterno entre quem dá e quem recebe, feito de reconhecimento e harmonia que enriquece ambos e é o pressuposto de uma nova ordem, de um novo relacionamento entre os homens. É esta a proposta de Deus; e é disto que os discípulos são chamados a dar testemunho.

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