domingo, 26 de outubro de 2008

Liturgia 26/10/2008

XXX Domingo do Tempo Comum - Ano A
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra, diz o
Senhor; meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada


A liturgia do XXX Domingo do Tempo diz-nos, de forma clara e inquestionável, que o amor está no centro da experiência cristã. O que Deus pede - ou antes, o que Deus exige - a cada crente é que deixe o seu coração ser submergido pelo amor.

A primeira leitura garante-nos que Deus não aceita a perpetuação de situações intoleráveis de injustiça, de arbitrariedade, de opressão, de desrespeito pelos direitos e pela dignidade dos mais pobres e dos mais débeis. A título de exemplo, a leitura fala da situação dos estrangeiros, dos órfãos, das viúvas e dos pobres vítimas da especulação dos usurários: qualquer injustiça ou arbitrariedade praticada contra um irmão mais pobre ou mais débil é um crime grave contra Deus, que nos afasta da comunhão com Deus e nos coloca fora da órbita da Aliança.

A segunda leitura
apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã (da cidade grega de Tessalónica) que, apesar da hostilidade e da perseguição, aprendeu a percorrer, com Cristo e com Paulo, o caminho do amor e do dom da vida; e esse percurso - cumprido na alegria e na dor - tornou-se semente de fé e de amor, que deu frutos em outras comunidades cristãs do mundo grego. Dessa experiência comum, nasceu uma imensa família de irmãos, unida à volta do Evangelho e espalhada por todo o mundo grego.


O Evangelho
diz-nos, de forma clara e inquestionável, que toda a revelação de Deus se resume no amor - amor a Deus e amor aos irmãos. Os dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da vida. Tudo o resto é explicação, desenvolvimento, aplicação à vida prática dessas duas coordenadas fundamentais da vida cristã.

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